A PRÁTICA DO BODYBOARDING POR IDOSOS: UMA ANÁLISE FUNCIONAL E SOCIAL
À medida que vão envelhecendo, as pessoas se tornam menos ativas, mais dependentes fisicamente e socialmente, suas capacidades físicas diminuem, ocorrem alterações psicológicas que acompanham a idade (sentimento de velhice, estresse, depressão) e declínio progressivo de todos os processos fisiológicos. Existe ainda diminuição da atividade física que, consequentemente, facilita a aparição de doenças crônicas, que contribuem para deteriorar o processo de envelhecimento (MATSUDO et al., 2000).
Meinel (1984) classifica as faixas etárias da seguinte forma: primeira idade adulta - mais ou menos 18-20 a 30 anos; segunda idade adulta - mais ou menos 30 a 45-50 anos; terceira idade adulta - mais ou menos 45-50 a 60-70 anos; e quarta idade adulta - a partir de mais ou menos 60-70 anos. É importante salientar que essas classificações acima citadas são de cunho cronológico, que tem certa importância, porém, não determina a condição de cada pessoa. No entanto, a importância maior não é o passar do tempo, mas a qualidade do tempo vivido, tornando o idoso mais ou menos ativo. Portanto, a verdadeira situação de cada ser, se deve da junção cronológica, biológica, psicológica e funcional. Quando se fortalece a capacidade de controlar, melhorar e manter o seu bem estar físico, social e espiritual, pode-se criar um nível de motivação que leve à busca de comportamentos saudáveis. É importante a criação de estratégias e ações que possibilitem promover meios de transformação capazes de proporcionar um aumento de qualidade de vida para todos.
Nessa perspectiva, pode ser apontado o Bodyboarding, uma modalidade praticada em vários países. Em 1987, RENNEKER, já apontava mais de 5 milhões de praticantes em todo o mundo.
O esporte traz consigo um universo ainda pouco explorado, onde está presente a expressão corporal e a criatividade, aliados ao prazer, que fazem com que as pessoas se identifiquem com pelo menos uma de suas características, mediante um processo de “catarse”, livrando o indivíduo de obstáculos internos, seja no campo fisiológico ou psicológico. Possui movimentos que atuam em todo o corpo, trabalhando os grandes grupos musculares, aumentando a capacidade cardiorrespiratória, a elasticidade, a mobilidade articular, fortalecendo os tendões e ligamentos, proporcionando assim um aumento nas habilidades motoras, além de expressar, na sua essência: integração, liberdade, consciência social e ambiental e criatividade, características presentes no nosso cotidiano e de indiscutível importância para o idoso, ajudando-o a superar com mais qualidade de vida as pressões do cotidiano e das necessidades sociais e físicas. Possibilitando à eles a preservação de suas características, necessidades e interesses, onde cada um terá a oportunidade de vivenciar uma abordagem dinâmica, motivante, desafiadora e complexa, treinando o corpo para um melhor desempenho nos movimentos necessários para as atividades diárias.
Rodrigo Onofre de Andrade
Estudante de licenciatura plena do curso de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
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